Mais um eu.

Meus olhos na estrada seca

Parecem se arrastarem

Na ruela de barro vermelho,

Alguns galhos também secos

Lembram que ouve vida ali.

Pelo tempo percorrido

Já sou meio disperso no caminho

Ora vejo o horizonte

Ora um completo desalinho

E uma pontinha luminosa

Desperta um interesse fragilizado.

De repente, luz arrebatadora

Um anjo de asas cintilantes

Voa sobre a minha cabeça

Sinto uma brisa leve,

A caminhada se apresenta

Um sino toca ao longe

Meu coração refaz emoções

E volto a ser real demais.

Produzo palavras ao vento

Acho que neste exato momento

Canto de alegria,

Uma cachoeira

Lava o meu corpo e a minha alma

Percebo que as nuvens

São meus travesseiros

E de lá não quero mais sair...

Só amanhã quando acordar,

Por favor.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 28/02/2007
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