Mais um eu.
Meus olhos na estrada seca
Parecem se arrastarem
Na ruela de barro vermelho,
Alguns galhos também secos
Lembram que ouve vida ali.
Pelo tempo percorrido
Já sou meio disperso no caminho
Ora vejo o horizonte
Ora um completo desalinho
E uma pontinha luminosa
Desperta um interesse fragilizado.
De repente, luz arrebatadora
Um anjo de asas cintilantes
Voa sobre a minha cabeça
Sinto uma brisa leve,
A caminhada se apresenta
Um sino toca ao longe
Meu coração refaz emoções
E volto a ser real demais.
Produzo palavras ao vento
Acho que neste exato momento
Canto de alegria,
Uma cachoeira
Lava o meu corpo e a minha alma
Percebo que as nuvens
São meus travesseiros
E de lá não quero mais sair...
Só amanhã quando acordar,
Por favor.