Da cor do pecado
Dá-me um pouquinho do teu purê,
Sei que tua batata cozida é quente,
Não vou vomitar mesmo que tente
Nem do teu tempero dar anarriê...
Dá-me um pouquinho do teu tomate
Para que minha salada seja cor de sangue,
Sei que teus vegetais não são de mangue
Nem tua bebida tem o sabor do chá mate...
Raspa o milho para que se faça o cuscuz,
Mas deixa os sabugos inteiramente nus
A fim de que se aproveite cada grão machucado...
Coa do café que estiver bem torrado
E eu deixarei o pão macio e ensopado
Sem me esquecer que estás ao meu lado!