FORA DA MULTIDÃO

Foi apenas um rosto, fora da multidão, que disse tudo.

Foi apenas um sorriso, que cativou, entre as construções.

Foi apenas sonho, que igualado ao sonho, em meio às pedras.

Foi mais uma fuga, algo empreendido sem abrir portões.

Foi apenas corpo, tal qual trem de ferro, com os seus vagões.

Foi mais uma vida, na história esquecida, após longa espera.

Foi apenas lente, especial, que viu, além de aparências.

Foi à experiência, que ensinou viver, muito além do real.

Foi em meio às pedras, onde separou tantas experiências.

Foi entre os tropeços, onde fez de lágrimas, um festival.

Foi onde fez tudo e pensou que o nada, fosse imortal.

Foi só um amor – ganhador, perdedor – sem haver clemência!