MEU CORAÇÃO

Doce, sincero e arredio,

Já tão sofrido que apenas cala,

E espera, como as chuvas torrenciais.

Que violentamente caem e se vão.

Mas em seu caminho deixa a destruição,

E o sofrer de apenas ter o nada,

E ter que buscar a força do recomeçar,

Sem apenas lamentar, apenas calar.

Assim é meu coração, silencioso,

Como as noites escuras,

Que apenas se enxerga o breu,

E uma ansiedade inexplicável de medo,

Em pura aflição, bate bem devagar,

Quem sabe ao amanhecer, triste coração,

Ao despertar do sol, pura iluminação,

Voltes a acelerar e a alegrar,

E assim a sombra se vá de você.

Celi Romão
Enviado por Celi Romão em 01/11/2012
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