MEU CORAÇÃO
Doce, sincero e arredio,
Já tão sofrido que apenas cala,
E espera, como as chuvas torrenciais.
Que violentamente caem e se vão.
Mas em seu caminho deixa a destruição,
E o sofrer de apenas ter o nada,
E ter que buscar a força do recomeçar,
Sem apenas lamentar, apenas calar.
Assim é meu coração, silencioso,
Como as noites escuras,
Que apenas se enxerga o breu,
E uma ansiedade inexplicável de medo,
Em pura aflição, bate bem devagar,
Quem sabe ao amanhecer, triste coração,
Ao despertar do sol, pura iluminação,
Voltes a acelerar e a alegrar,
E assim a sombra se vá de você.