Alentos Teus

Como um pífaro em serenata,

Era aquela rosa cor de rosa

Ao brindar a brisa, a face pessoa,

De olhar penetrante e lábios mergulhados

No sabor do sentir, frutificado no âmago!

Entre as laudas do outrem,

Aventuras e venturas vis, caminhavam

Pela madrugada caindo suave sobre ninho,

Cor de lua, nascendo e ascendendo em êxtases

Arquétipos contidos sob o peito... Alentos!

Incomum a penumbra,

Traços e tracejos se dão de encontro

Com o içar das mãos pela imensidão,

Do instante guardado pelo tempo num baú,

Sua intensidade é um universo de versos!

Ah! Por inteiro quero te amar

E divagar pelo dobrar dos sinos

Trazendo cada estação ao seu tempo,

Ao poema aconchego!

Que seja inusitado todo avesso

Semeado no amor, nas águas,

Enfim, nos elementos do Pastor!

31/10/2012

Porto Alegre – RS