O Diário da Branquela
Onde esta o rosto
Que me enchia de gosto,
Até que um dia eu vi partir?
A despedida foi bela
Eu estava na janela
E de longe você sorriu pra mim.
Seus olhos cheios de lágrimas
Enquanto folheava as paginas
De um diário que você deixou pra mim,
Contando nossa história de amor
Sem dor...
Nossas brigas que nunca guardamos rancor.
Foi assim,
Você dizendo que tudo tem um fim...
Que iria partir
Para exercer a sua profissão
De destruir o meu coração.
Fui fraco,
Deveria ter armado um barraco,
Ter pulado a janela
Agarrado minha branquela,
Fazer como um artista de novela...
Meu pobre coração
Foi dominado pela aflição,
Não bateu,
Deprimiu,
Encolheu,
Diminuiu...
Ficou duro,
Ficou frio
E o que era puro
Ficou vazio.
O mundo se perdeu,
O céu escureceu,
A lua não brilhou
De luto com a falta do seu olhar.
Passei a caminhar
Com o diário em minhas mãos,
Comecei a poetizar
Sobre tudo que foi bom.
Sempre vou te procurar
No universo ou no mar
Sem desanimar,
Pois você é a minha razão
De ter perdido a razão,
Meu sentido sem sentido,
Meu analgésico que me faz sentir dor
Meu amor sem amor, meu amor sem amor..., meu amor sem amor.