Bebendo pela vida

Bebendo a vida, vivo embriagado

Um viciado, sem concerto, incorrigível

Tornei-me um ébrio quando a luz do meu primeiro instante

Bateu errante em minha face, quando ainda oculta

Embriaguei-me, pela primeira vez

Quando uma lagrima cobriu meu rosto

E aquele gosto, jamais eu esqueci

Bebi ali o meu primeiro trago

E foi traçado assim o meu destino

Virei poeta na primeira esquina

Quando a retina dos meus olhos coloriu meus sonhos

Embriaguei-me então pela segunda vez

Daí por diante, a embriagues se fez

De uma vez, pra sempre em mim

Por isso, eu bebo sim

Bebo a vida para esquecer a morte

E enquanto a bussola me aponta o norte

Eu sigo em paz a minha direção

Içando a vela, soprando a solidão

Vou por aí sem medo da escuridão