Pálida Adormecida
A neve branca
O sol cegava,
Como um imenso vazio
Transpirando luz,
Em meio a ascendência da cor intensa,
Uma outra ainda mais fulgurante
E de um brilho fascinante
Aos poucos se destacava
Era belo como brilhava
O rubro sobre o alvo gelo
Pareciam morangos maduros aqueles lábios
Que beijavam o vento gelado
Com seu leve respirar,
Mas algo de errado existia
Aquela forma bela
Que o gelo aquecida
Encontrava-se desfalecida
Ao lado de uma provável suculenta maça
Cujo o sumo parecia tão doce quanto ela,
Mas mesmo sem vida, era a mais bela,
Instigando assim o ódio dos olhos invejosos
De quem a observara,
Não queria sentir o pulsar de seu peito,
Mas sim seu coração perfeito
Tão sem vida e gelado
Como a neve,
Seus olhos sem brilho
Não buscavam mais o brilho do sol,
Mas além dali
Alguém sentira-se capaz de devolver a vida
A nobre bela
Tomando-se em seus braços
E provando do doce sulco de seu beijo.
Ninguém vencerá o que é perfeito
Nem a morte precoce
Por uma velha bruxa arquitetada.