Pálida Adormecida

A neve branca

O sol cegava,

Como um imenso vazio

Transpirando luz,

Em meio a ascendência da cor intensa,

Uma outra ainda mais fulgurante

E de um brilho fascinante

Aos poucos se destacava

Era belo como brilhava

O rubro sobre o alvo gelo

Pareciam morangos maduros aqueles lábios

Que beijavam o vento gelado

Com seu leve respirar,

Mas algo de errado existia

Aquela forma bela

Que o gelo aquecida

Encontrava-se desfalecida

Ao lado de uma provável suculenta maça

Cujo o sumo parecia tão doce quanto ela,

Mas mesmo sem vida, era a mais bela,

Instigando assim o ódio dos olhos invejosos

De quem a observara,

Não queria sentir o pulsar de seu peito,

Mas sim seu coração perfeito

Tão sem vida e gelado

Como a neve,

Seus olhos sem brilho

Não buscavam mais o brilho do sol,

Mas além dali

Alguém sentira-se capaz de devolver a vida

A nobre bela

Tomando-se em seus braços

E provando do doce sulco de seu beijo.

Ninguém vencerá o que é perfeito

Nem a morte precoce

Por uma velha bruxa arquitetada.

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 29/10/2012
Reeditado em 29/10/2012
Código do texto: T3958463
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