Tudo o que eu te dou

Composição: Pedro Abrunhosa

Eu não sei, que mais posso ser
um dia rei, outro dia sem comer
por vezes forte, coragem de leão
as vezes fraco assim é o coração
eu não sei, que mais te posso dar
um dia jóias noutro dia o luar
gritos de dor, gritos de prazer
que um homem também chora
quando assim tem de ser

Foram tantas as noites sem dormir
tantos quartos de hotel, amar e partir
promessas perdidas escritas no ar
e logo ali eu sei...

(Que) Tudo o que eu te dou
tu me das a mim
tudo o que eu sonhei
tu serás assim
tudo o que eu te dou
tu me das a mim
e tudo o que eu te dou

Sentado na poltrona, beijas-me a pele morena
fazes aqueles truques que aprendeste no cinema
mais peço-te eu, já me sinto a viajar
para, recomeça, faz-me acreditar
"Não", dizes tu, e o teu olhar mentiu
enrolados pelo chão no abraço que se viu
é madrugada ou é alucinação
estrelas de mil cores, ecstasy ou paixão
hum, esse odor, traz tanta saudade
mata-me de amor ou da-me liberdade
deixa-me voar, cantar, adormecer

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Tudo o que te dou

Edvaldo Rosa


Vem de alêm mar uma canção,
me fazer lembrar de ti...
E meu coração se inflama,
na chama que queima, que é te amar!
Vem em meio a tantas lembranças,
doces lembranças que não me cansa lembrar:
Teu sorriso largo, feito criança,
ante o meu primeiro olhar!
Tua fala, calma e mansa,
em que me deixei embalar!
Em teus toques em minha pele tensa,
dedilhavas meu corpo,
como se executasse uma música dolente,
a querer minh'alma tocar...
E em mim por fim, fizestes moradia,
adentrando-me e sendo feliz em mim...
E em mim permanecendo!
E tudo o que me deste, diz que eu te dou...
Ah! Que mágia! Esta do amor!
Que dádiva divina esta partilha
que ao dar-se não definha;
antes soma e aglutina!

Edvaldo Rosa
WWW.SACPAIXAO.NET
27/02/2007