DEVANEIOS
Naquele vazio que os poetas chamam de saudade,
Mergulho a mente para encontrar-te,
E só abraço a tua sombra...
E naquele abismo que os poetas chamam de tristeza,
Caio, empurrado pela solidão
Que me traz a tua "não presença",
Tateio nos labirintos das lembranças,
E vejo-te qual deusa entregue aos meus abraços,
Com os lábios sedentos... insaciáveis,
A devorarem meus beijos,
Com ânsia e com loucura...
Vejo-te em meus braços,
Qual pássaro indefeso,
Desejosa em ficar presa em minha mão aberta...
Dominada
Por laços de paixão.
Que nem a distância consegue desatar.
Sonho sem dormir...
A noite é longa mas se torna rapida...
Peço para que nunca chegue a madrugada...
Peço que eu nunca mais acorde,
Para não sofrer na realidade da tua ausência.
http://sadefreitaspoesias.sites.uol.com.br/index.htm