Divina Pintura

Dentre as molduras o céu encoberto,

Ébrios soando pelas quintas, fragrâncias,

Aquele olhar divindado nos textos que outrora

Ressurgem aos doces e bárbaros sentimentos!

A noite oferece a meia-luz!

O corpo torpor carmim, fascina-me,

Leva-me ao estrelar das vias letras, láctea

Desenhada pelo firmamento onde passeio

Verseja em delírios, cânticos ao momento!

Como uma lágrima caindo,

Vejo-a se despir das pétalas, dos preceitos,

Içando entre peles ramos de melancolia...

Ah! Poesia dos meus dias

O lado vazio da tua lua nos aguarda...

Apurado sejam os sentidos do amor

Bordando-se nas ondas do mar,

Entalhando a rocha, beijando praia,

Trazendo da maresia mais uma ventura

Para se viver pelos lábios,

Nos confins da paixão!

24/10/2012

Porto Alegre - RS