Aqui estás...
Ah doce dor de amor, assim...
Por que não me dás trégua
Cá sempre estás, em mim
Impregnada habitas ao ser,
Como afirmação ao sim
Como lembrança ao esquecer.
Em mim sempre estás...
Entrelaçada, me enredas,
Como a corda ao pescoço
Choro desprecavido a lágrima
Assim como tendão ao osso
Um belo livro a página.
Em mim sempre estás, aqui...
Como a alegria a sorte
Como o sofrimento que sofri
Como a vida a morte.
Aqui sempre estás, jaz,
Num sempre que não se faz.