Caminho diamante

Caminhei vagarosamente

Aprendi a amar o inesperado

Apenas amando maliciosamente as bocas húmidas,

As cavernas perfumadas pelas flores enigmáticas,

Nada sombrio no caminho diamante

Tudo macio na carne amante,

Sem as vozes traiçoeiras de antes,

Uma quase extinção do ar reprimido

No peito livre consumido

Se tanto faz o ar iludido,

Ou a quimera de ferro fundido,

Qualquer amar no céu de ar

Sufoca as entranhas das flores pomar

Eis-me aqui a falar de qualquer futuro,

Mesmo na irrealidade da realidade,

Como o cobre, que se cobre mudo.

Estanhando o corpo quase zinabre

Das estatuas em porcelana do mundo