RIO DE AMOR
Seus olhos pareciam uma capela sistina
Aqueles "pubs bar" de fim de noite na esquina
Uma joia estrelada que podia colocar nas mãos
Uma princesa desfilando qual mariposa da escuridão
Riscou o fósforo da noite e acendeu as estrelas
Uma por uma e vi que incrustados em seu púbis
Um rubi rubidescente brilhava em minhas mãos...
E nos conchavos surpreendentes um facho se abre
Um fulgor se perpetrava qual tigres de sabre
Queria muito as joias da rainha
Minha majestade estava adocicada
Como abelha rainha sem ferroada
Enfim! suguei-lhe o doce mel
O botão em flor se abriu
Margaridas num céu de abril
E a minha vida se coloriu
Agora sou a gruta dos ventos
Que a língua me sorriu
Sou eu e ela a fonte que sustenta o rio...