Viciado de você
Eu lhe experimentei, estava ali ao meu dispor
Então não tive como negar a tentação
Quando senti a textura, logo quis descobrir o sabor
Tendo o sabor, quis tê-la sempre em minha mão...
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Então de ti eu me viciei, e quis tê-la muito mais
Uma, duas, três vezes, já não me completavam
Eu precisava de seus venenos, mesmo que letais
Preenchendo os espaços que em mim faltavam...
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E foi sentindo sua falta que eu lhe trafiquei
E fui procura-la, onde eu pudesse lhe encontrar
Não sua procura, até o que eu não tinha gastei
Pois precisava de ti, custa-se o que custar...
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Então já na pobreza, por você eu roubei
E fiz de tudo para tê-la em qualquer condição
Pois sem sua presença, eu me alucinei
E alucinado eu perdi toda minha razão...
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Então foi assim que lentamente enlouqueci
E fui prendendo-me ao mundo de ilusão
Até que o raciocínio lógico eu perdi
Fazendo de minha vida uma enorme confusão...
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E estando confuso eu matei
Matei toda lembrança, tudo que me fazia chorar
Tudo que vinha de você, eu queimei
Só assim de você pude me desintoxicar...
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Foste meu bem, e o meu anjo delicado
Que por vezes levaste-me ao céu também
Hoje lhe encaro como meu mal desencarnado
Pois eu sei que jamais me quiseste bem...
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E o amor, cadê o amor que você me prometera?
Ao oferecer-me teu beijo doado em vão
E eu que te considerei a ultima entre as primeiras
Acabei por ser apenas a vítima desta paixão...