VÃ PROCURA

De uns tempos para cá, principalmente

à noite ao me deitar, os meus olhos

exploram em meio à escuridão do meu

quarto, quem sabe na esperança de deparar-me

com quem amo, embora saiba que eu esteja só.

Nesse estado permaneço por um bom espaço

de tempo, talvez por tentar teimosamente

pelo menos para embater-me em quem procuro,

mas tudo em vão e sem nenhum resultado.

O espaço que meus olhos percorrem é pequeno,

contudo se fosse medido a distância que

eles investigam, talvez fosse comparado

com o espaço infinito.

O proceder é persistente considerando o

desejo de encontrá-la, e não existe uma

noite sequer que deixe de continuar da mesma

forma, embora conclua como dantes, não

encontro ninguém por estar sozinho como sempre.

No despertar de um novo dia, lembro-me que no

último ato antes de perder os sentidos como se

estivesse narcotizado, que adormeci acariciando

a fronha do meu travesseiro...

Wil
Enviado por Wil em 23/10/2012
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