NAS CURVAS DO AMOR

Na penumbra as formas se encaixam

Gradação perfeita entre luz e sombra

No musgoso da cama a maciez da alfombra

Corpos bruxuleantes e sinuosos se transpassam

E de repende fixam-se como que emoldurados

Como se pincel e tela adentrassem o abstrato das formas

A beleza estática se elucubra se desprende exala

Ultrapassam os limites dos segredos de alcova

As juras dos amantes escorrem deliram adentro inquietos

Amam-se como se o mundo fluísse de suas entranhas

Violino ardente em sonoras e doces cadencia

Tudo roça a ferro e fogo no jogo da sedução

E na fornalha do ventre molda-se no ouro da volúpia

Em luxuriosa melodia o fio da espada de Dâmocles...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 22/10/2012
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