Abençoados Umbrais
Pela janela,
Sentia-se o aroma da chuva
Que nas calçadas caia e a nos
Iluminava, saudava em prelúdios
A proximidade do verso e a poesia!
Apontado entre os lúdicos segredos,
Deixei-me deslizar pelas lágrimas
E os finos tecidos, cobrindo até então,
Olores mágicos sedentos pelo argumento
Pulsando do olhar, do cenho coração!
Já, apaixonado pelo cantar
De falas simples e etéreas alvuras,
Escutei dos lábios rúbidos a palavra
Inundada de mistérios e sons sublimados
Na compreensão da gêmea alma!
Quando da face,
Insinuaste o poema, arrebatei
Teu cheiro alfazema, descobrindo
Em cada entalhe um morango, um amor
Para ser lido e recitado pelos umbrais paixão!
22/10/210
Porto Alegre - RS