ALMA DILACERADA
O coração quando, inesperadamente, apunhalado
Pela rejeição de cupido, deixa-nos atormentado
Com tormento cruel, bestial, e condenado
Por Marte a uma guerra desigual, e, perpetrado
Por uma dor gigante como Adamastor.
O coração sangra e lavado nesse sangue de cor
Preto, o homem geme, se contorce e suplica, sem pudor.
Esquece do orgulho e chora, um choro de dor.
A alma que outrora vivia, se dilacera,
Em meio ao sofrimento da rejeição,
Se debate como a mais ínfima besta fera.
Resta-lhe uma única saída: aprender
A conviver com essa dor, causado pelo amor
Que nos rejeitou e nos faz tanto sofrer.