Sedosos Elementos
O som vinha das folhas,
Algumas secas, outras renascendo
Contidas do amor da estação,
Inundando olhares, almas em solitude!
Ao sentir tuas mãos sedosas, alvas,
Tudo fez sentindo pelo glamour da hora
Cheia de vida, nostalgia, hinos enlevados
No colo do seio macio, doce uno, meu ais
Em ritmos e dores incomuns ao coração!
Como uma solista em lá maior,
Tua voz ecoou entre as entranhas
Conduzindo pela penumbra traços e gracejos,
De um poema escrito no azul firmamento
Visionário cantante do sentimento!
Das águas, és a lágrima
Fazendo-te pingente em meu peito!
Pela essência, és o perfume perpetuo
Desenhando pelo Egito cor, a saga amor...
No verso Onipotente a estrofe sem pudores,
A tão somente semente brotando em murmúrios
Mesclados ao destino maculado no andar da consolação!
21/10/2012
Porto Alegre - RS