Dois em um.
Eu só queria o vão momento,
Em que o teu olhar fitasse o meu,
Desmanchando a minha vergonha,
Que em um segundo se perdeu.
Sentir a tua mão acalentando o meu corpo
E, a tua carícia me causando arrepio.
Devagarzinho, então, dois se tornam um
E, juntos gritam o calor e o calafrio.
Corpos entrelaçados pelo amor,
Vivem o incessante temor,
Por tantas noites em que fomos dois.
Partes que revelam em clamor,
Intimidades que se perdem com vigor.
Agora somos um e, não existe depois.