Retrato da Existência
Na velocidade do tempo
Amores ficam para trás,
O mar navega em seus sais
E se descortinam sentimentos...
Relógio é praga, controle da vida,
Ponteiros trazem o novo, enterram o velho,
Horas sombrias adormecem cemitérios
Onde minutos e segundos fotografam despedidas...
Dias e noites são carregados pelos ventos
Em retilíneo seguimento sem marcha ré,
O futuro é incógnita que perdura até
A consumação homicida de todos os pensamentos...
A água é a fonte que mantém viva a consciência,
O fogo a chama em que a paixão suplica sobrevivência!