escritor de aluguel

se esse rostinho tão jovem, tão novo,

já não consegue mais me encarar;

se esse corpo que agrada o povo

eu, bem discreto, só posso olhar

se desses lábios vermelhos, sutis,

só mesmo em sonho é que beijos terei;

se desse corpo requebros febris

posso contar que não desfrutarei

me regozijo em reconhecer

que este mundo não é tão cruel,

pois, pelo menos, eu posso escrever

e me entreter com esse novo papel

e se você concordar, com prazer

serei o seu escritor de aluguel

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 20/10/2012
Código do texto: T3942410
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