Morte a Ilusão

Anestesiado pelas lembranças do sonho desta noite,
Tento colher rosas rubras neste vendaval infindável,
Corro a janela, mas por ela ninguém mais passa,
Apenas minha solidão aprecia ao longe cores esvaecidas.

Minha ilusão é uma doença crônica e persistente,
Quisera eu aplicar a eutanásia a minha ilusão de amar,
Sonhos sonhados sozinho não merecem estímulos,
Que morram os sonhos, algozes de minha existência.

A primavera?
Já era, não é mais aquela primavera esperada,
De repente tudo se transformou, em um passe de mágica,
Só restou a solidão, que logo contratou a ilusão a auxiliá-la,
Sem nada perguntar ao meu amargurado coração.



Luís Jorge Vidal
Enviado por Luís Jorge Vidal em 20/10/2012
Reeditado em 20/10/2012
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