Poema 0974 - Desequilíbrio

Desequilibro o oposto,

passo os sonhos,

a realidade não me deu asas,

o mundo já vem completo,

com o triste, o sorriso, o amor.

Desenhei um leito e uma amante,

um lençol estendido sobre o corpo,

pedindo mais, por mais,

insatisfeita, grita meu nome,

volto a cada instante e beijo.

Jogo com meus desejos,

jogo para fora os sentimentos,

e amo, a amo,

como se fosse única,

desequilibrada, louca e vazia.

Desequilibro, desenho e jogo,

toco o céu como se fosse gigante,

não quero sonhos, nem que realizem,

vôo como borboleta livre e acasalo

no casulo da minha existência.

Deixem seus lamentos do lado de fora,

porta afora suas maldições,

entre em meu mundo e pega amor,

contamine-se do meu desequilíbrio,

deseja, toca o céu que a vida contemplou.

26/02/2007

Caio Lucas
Enviado por Caio Lucas em 26/02/2007
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