O PLEBEU
Você não existe
Você é um delírio que eu criei
Que eu endeusei
Eu condensei
Meus olhos
Meu corpo
Não existiam
Você cabia em mim direitinho
Tua silhueta
Era a dona dos meus passos
Passos do meu pensamento
Era dona de tudo
Não sobrava nada pra mim
Como um cheio copo d’água eu transbordava
Bordava quimeras no coração
Eras minha cópia mais fiel
Terra e fonte de mel
Colhi a flor e me feri nos espinhos
Distancia... Pássaro negro sem ninho
Que voa aprisionado dentro de um céu de adeus
Acabou morreu no cálice áureo de Morfeu
Renasço das cinzas personificando os sonhos
Dentro de meu próprio eu...
Deste quase desconhecido plebeu
Que um dia te conheceu...