UNIVERSOS PARALELOS
Não lhe culpo por querer algo tangível
Pois o palpável acalanta nossos desejos
E o tempo tem nos sido contraproducente
Mesmo ante os estímulos arrebatadores
Filtro as variáveis dos mistérios factíveis
Tentando desvendar o recôndito em nós
E tornar toda possibilidade perceptível
Exterminando de vez toda essa incógnita
Para que o que se revele seja estonteante
E possamos encará-lo sem nenhum adorno
Sem medo desse destino às vezes infringente
Argüindo de nós todas as nossas possibilidades
Para achar em nós mesmos a resposta inexata
Aquela que se esconde nos rincões dos mistérios
Nas abstrações formatadas em nossas vontades
Tatuadas no intangível desses nossos universos
Toda uma história que reverbera na distância
Mas que sempre foi infringente ao nosso tempo
Demarcada por instantes delicadamente eternos
Forjada por sentimentos humanamente indescritíveis
Aqueles que não podem ser definidos apenas sentidos
Pelo elo indestrutível de um real e perpétuo alvorecer
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