O amor morre de amor.

 
Preces me vêm aos montes
Nessa hora de desmonte
A alma em pedaços
O coração se desintegrando
Esse amor é uma mortalha
Deixou-me como morto
Nesse calabouço que me encontro
Ainda soa seu gargalhar
Ao se despedir seus cabelos esvoaçantes
Eram faíscas riscando o ar
Ar que me falta com sua falta
Se o amor é assim tão amante do ódio
A coragem me soltasse às rédeas
Seria ele aqui enterrado
Pois soa aos meus ouvidos:
“Se sente ódio é porque o amor é demais”
Nesse desespero que assola a consciência
É prazeroso sentir que aqui jaz o mausoléu que sobrou de nós.
 
Jamaveira®


Imagem: Do Google