A CASA DA GENTE

Ruas esquecidas

amargam solidão

janelas que se fecham

entre olhares insuspeitos

Passadas largas na penumbra

tendo a sombra por companhia

numa fria noite de inverno,

o ar gelado arrepia a espinha

A boca ressecada,alivio com a sáliva,

as mãos não saem do bolso,

o ar gelado congela o pescoço

O passo apertado querendo chegar.

A lua ilumina os rostos de quem não conheço

vivo a tanto tempo,aqui,que tudo me parece igual

Arvores centenárias com suas luzes piscantes

enganam os olhos,este céu não tem poesia,

o silêncio nos faz pensar . . .

De todos os piores lugares para se estar agora

este é o pior.

Ruas esquecidas

amargam solidão

janelas que se fecham

entre olhares insuspeitos . . .

Me vem ao pensamento.

Avisto a casa,uma luz tímida me trás um sorriso

,meus filhos,concerteza.

Um café,a cama arrumada,a água quente num banho demorado

o carinho da esposa,não existe melhor lugar para se estar . . .

Do que a casa da gente.

DAVIDEUSEI
Enviado por DAVIDEUSEI em 18/10/2012
Código do texto: T3938745
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