Holograma
Senti tua voz me beijar,
Dizendo-me que ainda me ama
Tua languidez a ninar,
Mas tudo era apenas holograma!
Eu tentei tatear o vento
Rabiscar as nuvens com a chama,
A paz mortal foi tormento
Da tua alma presa ao holograma!
Tua foto muda apenas falava
Na surdez da minha triste cama,
Que mutilado me abraçava
Foi um sonho? Ou um holograma?
Como na morte se nascia,
A borboleta era como uma dama,
Quando morri eu só cria,
Que teu rosto não fora holograma!
Mas fui escravo da mente,
Como um pobre possesso de fama
Adormeci calado e inocente
Amando sua imagem de holograma