Estreito
Vai ver eu não fui nada
Vai ver nada
Nunca existiu
Vai ver nem você
Sequer existiu
Vai ver eu gosto de sonhar
De viver devaneios
Vai ver
Eu é que nunca soube lhe receber
Obcecada por transforma-lo
Num objeto
Aprisionei-me
À matéria que transformei
(Que bordei)
De você.