VESTES DESNUDAS...
Na dança de nossa idílica verossimilhança
Vestidos de esperanças e despidos de tristezas
Contorno essas vicissitudes de humanos erros
Para tornar estéreis os solos das inconstâncias
Apego-me indissoluvelmente ao teu ínsito olhar
E a todos os meus desejos e vontades nele contido
Pois ter você é o meu mais indispensável desiderato
E permaneço sólido nos laços sólidos de teu caminho
Pela serendipidade que sempre advêm de teu interior
O querer-te aprofunda-se em mim peremptoriamente
E incrusta-se perfeitamente em meu mais íntimo sentir
Elevando-se a algo que transcende ao próprio amor
Um sentimento novo que não se define com palavras
Algo inexplicável que pode ser sentido e não decodificado
Um sentir abstrato que está além do simples sentimento
Um constante e renovado querer ir além do que seja possível
Mas que foge ao impossível posto que já em si mesmo exista
E alimenta-me diuturnamente de tua inexplicável presença
Trazendo-me tua plenitude mesmo estando tão distante
Fazendo de ti minha inseparável e instigante companheira
Cobrindo-me das vestes de tua pessoal e intrapessoal nudez
Em todos os momentos de minha estável e instável existência
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