Lágrimas ao Gozar
Luzes aos girassóis!
Ah! Meu sol no teor das letras,
Inundes minhas folhas com este perfume
Que consagra tua pele, dela a carícia,
Noção pecaminosa no estreito pomar!
No verso do horizonte... O crepúsculo!
Leva o dia ao adormecer, despertando
A olhos visto toda uma herança de lamentos
Entregando-se ao segundo seguinte, mistérios
Que despontam, elevam o luar, traduzem o coração!
De Granada o jardim bordado... Seda negra!
Envolvo-te nesta história cravejada de afagos, lagos,
Como um conto de fadas ganhando páginas e brumas,
Gemidos e silêncios dum mundo ouvidor do amor,
Pétalas de uma mesma flor, pura poesia flamenca!
Alvo ninho, teu colo... Nossa andança!
Mãos percorrendo trilhas, planícies, água aos lábios,
Sedentos, um tanto ingênuos, feito lágrima inocente
Deslizando entre dunas e veios secretos,
Cruzes aos dessabores, espadas a esperança!
A força do nobre sentimento
É como camisola rendada, escol de jasmim,
Prantos ao gozo d’alma!
15/10/2012
Porto Alegre - RS