Sou à noite
Sou à noite
Espreitando seus sonhos
Na penumbra do seu quarto,
Em quanto você dorme
Durmo ao seu lado
Envolto em sombras
Para não te acordar...
De tanto te amar
Afasto-me e me escondo
Surgindo em qualquer ponto
Solitário nas noites finitas
Da minha solidão...
Sou à noite sem estrelas e sem luar
O poema de amor que não posso recitar
O Amor contido que não posso confessar
Sou a noite dos sentimentos reprimidos
Escondidos no véu profundo e apagado...
Sou humano sofrendo por amor
Arrependido por te amar
Por não ser mais dono do meu coração
Por me roubar o brilho e me abater
E me colocar na escuridão...
Sou aquele que deixou vago
Perambulando e buscando o antídoto
Para me curar...
Aquele que pode sofrer e até te perdoar
Porque eu sinto o momento mais triste
O que é sofrer por amor...
Mais também sou aquele que vai vencer suportar
E ressurgir vitorioso muito mais sereno e em paz
Por amor e por te amar...
Cláudio Domingos Borges