O AMOR DEVE TER DEIXADO ABERTA UMA JANELA NO CÉU
A Ti ou a que virá a seguir nessa Estrada que leva ao Infinito
O AMOR DEVE TER DEIXADO ABERTA UMA JANELA NO CÉU
Na osmose impossível risível dessa coisa tangível, mas impossível do teu sonho ser o meu
O amor deve ter deixado aberta uma janela no céu
De cabeça bem perdida ou demasiado bem achada
Pergunto há 1000 anos onde andas tu pessoa amada?
Porque mil vezes te julguei ter achado, demasiadas vezes te perdi
Quando a coisa que eu queria mais era ter-te perto de mim
Sei que te magoei e fiz chorar em rios de terna dor, duvidosa felicidade
O meu amor por ti não tem tempo, e muito menos idade
Nessa coisa dolorosa de ser uma contrariedade de borboletas não poderem ser planetas
Nem planetas borboletas, embora amiguinha tu ainda no teu silêncio me completas
Nesse labirinto sem som onde nos movimentamos
Na dor que me causas por não poder dizer que te amo
Mesmo que seja uma amor transitório até à próxima estação
De monções onde as minhas lágrimas serão fruto do presente e não de difusas recordações
E quantas vezes eu me coloquei de joelhos para tentar o céu alcançar
No batimento preocupantemente intermitente do meu coração, do meu amar
E esse céu…estou sempre a tocar, cada vez que uma bela palavra sai de mim para te homenagear
No compasso enganoso do meu sentir, do meu adorar
Pois apesar de estar prestes a partir para um purgatório do amor
Onde não vou estimar ninguém durante uma eternidade, à espera da próxima mágoa
Que me vai consumir e nada gerar
A não ser apenas mais um molhe de poemas
Que as tais lágrimas de tristeza vai enxugar
Pois o amor para mim é isso: da vida um enorme sentido
Mas também uma forma catártica de à dor sobreviver
Escrevo para respirar, pelo acto aliviatório de poder escrever
Até ao último sol se apagar do meu candeeiro
Onde destilo e escrevo as contusões da alma por inteiro
E não apenas por metades
Sou um homem que digo sempre as minhas verdades
Mesmo que estas tenham como consequência ninguém gostar de mim
É estranho, bem o sei, mas há certas pessoas, certos amores assim
Porque com ou sem Borboletas, Anjos, ou outras influências de quem irei estimar
Ou mesmo a poesia, eu vou continuar nesta dura batalha de continuar a amar
Bem no meio do breu
Acumulando dores e poucos prazeres, pois no meu intimo:
O amor deve ter deixado aberta uma janela no céu