Solta-me!

Solta-me as mãos

no mar sereno do meu olhar

se atrás de nós tem brisa de imortais.

Solta-me as mãos

onde incensam demónios

num sufoco doentio

e a neve se semeia esbranquiçando os lírios.

Solta-me as mãos

nos solfejos dos raios dourados

e a minha cabeça rompe a água

na respiração das chuvas.

Solta-me as mãos

na convocação dos sentidos

viajante num cosmos

preso nas minhas mãos

e presa assim… entre as tuas!

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 12/10/2012
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