Solta-me!
Solta-me as mãos
no mar sereno do meu olhar
se atrás de nós tem brisa de imortais.
Solta-me as mãos
onde incensam demónios
num sufoco doentio
e a neve se semeia esbranquiçando os lírios.
Solta-me as mãos
nos solfejos dos raios dourados
e a minha cabeça rompe a água
na respiração das chuvas.
Solta-me as mãos
na convocação dos sentidos
viajante num cosmos
preso nas minhas mãos
e presa assim… entre as tuas!