Aguas de amor

Percebo agora que não posso te dar nada,

Que não te dê de presente,

Sei que amanhã não terás amarguras minhas,

Apenas ramos que se estendem

Nem para tudo há razões

Que se possam dizer

Não tens mãos que te consolam,

Mas braços que se alongam

Mas pesa-me sabe-lo

Que não estarás comigo

Quando (exceto nas aguas) for inverno,

Nas aguas do porto de poucas naus,

Em meu enclausurado abrigo