ELES JAMAIS ENTENDERIAM.

Quando atento a sua feição você furta-me o rancor somado ao trágico dos dias aqui no campo minado, o toque de suas mãos traz-me o encantamento, descreve-me pureza, e eu perco o choro.

Isso não é delírio, eu acordei há alguns dias, e desde então a razão atua com ousada afetividade no terreno do raciocínio. Raiou-me um arco-íris solicitando penetrar a nuvem mais obscura, desse dia em diante deixei para trás a tortura, e lá, também ficaram os dias vazios.

Não corro mais, agora devagarzinho vou degustando cada passo da complexidade de uma forma simples.

Direcionei a mente as coisas puras como; amizade, amor, companheirismo, enfim ao infinito em bondade.

Percebi algo grande e puro se fixando na terra sem qualquer vinculo com a baixeza humana.

Eu renasci mais forte, porém mais calmo.

Agora as lagrimas são de felicidade, daquelas que escorre quando você me abraça.

Joguei fora o meu eu torturado nascido do campo minado.

Agora surgindo do raro, sei que o eterno está em nós.

Eles me perguntam de onde vem tanta certeza!

Ora, eu venho do que é raro,

Eles jamais entenderiam.

Ramon Catarse
Enviado por Ramon Catarse em 10/10/2012
Reeditado em 14/10/2012
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