ELES JAMAIS ENTENDERIAM.
Quando atento a sua feição você furta-me o rancor somado ao trágico dos dias aqui no campo minado, o toque de suas mãos traz-me o encantamento, descreve-me pureza, e eu perco o choro.
Isso não é delírio, eu acordei há alguns dias, e desde então a razão atua com ousada afetividade no terreno do raciocínio. Raiou-me um arco-íris solicitando penetrar a nuvem mais obscura, desse dia em diante deixei para trás a tortura, e lá, também ficaram os dias vazios.
Não corro mais, agora devagarzinho vou degustando cada passo da complexidade de uma forma simples.
Direcionei a mente as coisas puras como; amizade, amor, companheirismo, enfim ao infinito em bondade.
Percebi algo grande e puro se fixando na terra sem qualquer vinculo com a baixeza humana.
Eu renasci mais forte, porém mais calmo.
Agora as lagrimas são de felicidade, daquelas que escorre quando você me abraça.
Joguei fora o meu eu torturado nascido do campo minado.
Agora surgindo do raro, sei que o eterno está em nós.
Eles me perguntam de onde vem tanta certeza!
Ora, eu venho do que é raro,
Eles jamais entenderiam.