MEDO
Há uma moça na janela,
Me olhando de modo faceiro...
Não sei se aceno pra ela
Ou se apago do peito o braseiro!
Ela sorri-me prazeirosa!
Insinuando doces carinhos...
Mas se eu colho a rosa,
Vão me ferir os espinhos.
Diz que se chama Sofia
E me manda um beijo!
Será realidade ou fantasia ?
Trago à luz meus desejos ?
Lhe mando uma poesia ?
Ah! Eu morro de medo.