Eu sou a Sede e você é a Água
Estava sedento no deserto da solidão,
E tu vieste a mim com um sorriso no teu semblante,
Mulher, vieste sorrateira, delicada e provocante,
Retirando-me então da minha desolação.
Saciaste-me com a límpida água do amor,
Sem exigir nada em troca além da minha companhia,
E livrando-me com sucesso de toda a minha agonia,
Hoje, saciado e feliz, chamo-te de flor.
Flor que nasceu na lagoa do oásis do amor,
E que deu cheiro e cor a minha cinzenta existência,
Mas, enfim, saciaste-me no líquido da tua essência,
Sim, sei, sou sede, você água, nesse amor.