Eu sou a Sede e você é a Água

Estava sedento no deserto da solidão,

E tu vieste a mim com um sorriso no teu semblante,

Mulher, vieste sorrateira, delicada e provocante,

Retirando-me então da minha desolação.

Saciaste-me com a límpida água do amor,

Sem exigir nada em troca além da minha companhia,

E livrando-me com sucesso de toda a minha agonia,

Hoje, saciado e feliz, chamo-te de flor.

Flor que nasceu na lagoa do oásis do amor,

E que deu cheiro e cor a minha cinzenta existência,

Mas, enfim, saciaste-me no líquido da tua essência,

Sim, sei, sou sede, você água, nesse amor.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 09/10/2012
Reeditado em 09/10/2012
Código do texto: T3924374
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