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GAIVOTA ERRANTE
J.B.Xavier
Chegaste mansamente, como uma aurora,
E como um tépido sol de inverno
Aqueceste minha alma; tomando-me pela mão;
Cantaste músicas divinas, aprisionaste-me o coração,
E como um sol de fim de tarde, te foste embora...
Despontaste por trás dos montes de minhas agruras,
Iluminaste meus recôncavos mais obscuros,
Derrubaste todos os meus muros,
E com as cores da aquarela do amor,
Pintaste tuas pinturas...
Sorveste a seiva de minhas muitas vidas,
Levando-me em viagens alucinantes
E entre teus seios, me fiz muitos amantes...
Saciando tua fome de amor,
Desnudaste-me ao temor de amar, curando minhas feridas...
E partiste mansamente, como gaivota errante
Desapareceste no céu de um maravilhoso poente,
Deixando em minha boca o teu gosto,
E em minha alma o tormento de quem sente
A saudade atroz de ter sido teu amante...
Chegaste qual gaivota, planando num céu de veludo,
E mansamente pousaste em meus horizontes...
E bebi de todas as tuas fontes, nessa tua sôfrega permanência...
Depois, te transformaste em ausência,
E porque me deste a vida, me levaste tudo...
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GAIVOTA ERRANTE
J.B.Xavier
Chegaste mansamente, como uma aurora,
E como um tépido sol de inverno
Aqueceste minha alma; tomando-me pela mão;
Cantaste músicas divinas, aprisionaste-me o coração,
E como um sol de fim de tarde, te foste embora...
Despontaste por trás dos montes de minhas agruras,
Iluminaste meus recôncavos mais obscuros,
Derrubaste todos os meus muros,
E com as cores da aquarela do amor,
Pintaste tuas pinturas...
Sorveste a seiva de minhas muitas vidas,
Levando-me em viagens alucinantes
E entre teus seios, me fiz muitos amantes...
Saciando tua fome de amor,
Desnudaste-me ao temor de amar, curando minhas feridas...
E partiste mansamente, como gaivota errante
Desapareceste no céu de um maravilhoso poente,
Deixando em minha boca o teu gosto,
E em minha alma o tormento de quem sente
A saudade atroz de ter sido teu amante...
Chegaste qual gaivota, planando num céu de veludo,
E mansamente pousaste em meus horizontes...
E bebi de todas as tuas fontes, nessa tua sôfrega permanência...
Depois, te transformaste em ausência,
E porque me deste a vida, me levaste tudo...
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