Monotonia da alma

Outra vez me encontro junto com as cinzas

Tentando escapar de uma tempestade em alto mar

Procurando abrigo em outra caverna; a ultima que eu estava era fria de mais.

Tentava me aquecer, mas parecia impossível.

Outra vez minha ferida se abre e a solidão se torna minha cura

Meu barco esta em ruínas

Achei que essa tempestade fosse passar

Nunca entendi o mar, muito menos o vento;

Esse que me trouxe pra essa ilha

Mais uma vez o dia se torna noite

E o número de estrelas se torna cada vez menor comparado a minha angustia

Em seguida chega o inverno

E a neve se faz de leito para minha dor o frio sempre me ajudou a não senti-la

A tristeza se torna meu travesseiro

Aqueço-me com a mágoa

Porem o rancor se encarrega de velar o meu sono

Enquanto a neve me cobre estonteantemente

O inverno parece nunca passar e meu bloco de gelo cresce cada vez mais

Minha prisão nunca me fez tão bem

O gelo se parece comigo gelado como minha alma incansável como minha dor e agonizante como minha solidão e no verão desaparece se transformando em esperança.

Mas o inverno sempre volta.

Lucas Israel
Enviado por Lucas Israel em 24/02/2007
Reeditado em 24/02/2007
Código do texto: T392315