Monotonia da alma
Outra vez me encontro junto com as cinzas
Tentando escapar de uma tempestade em alto mar
Procurando abrigo em outra caverna; a ultima que eu estava era fria de mais.
Tentava me aquecer, mas parecia impossível.
Outra vez minha ferida se abre e a solidão se torna minha cura
Meu barco esta em ruínas
Achei que essa tempestade fosse passar
Nunca entendi o mar, muito menos o vento;
Esse que me trouxe pra essa ilha
Mais uma vez o dia se torna noite
E o número de estrelas se torna cada vez menor comparado a minha angustia
Em seguida chega o inverno
E a neve se faz de leito para minha dor o frio sempre me ajudou a não senti-la
A tristeza se torna meu travesseiro
Aqueço-me com a mágoa
Porem o rancor se encarrega de velar o meu sono
Enquanto a neve me cobre estonteantemente
O inverno parece nunca passar e meu bloco de gelo cresce cada vez mais
Minha prisão nunca me fez tão bem
O gelo se parece comigo gelado como minha alma incansável como minha dor e agonizante como minha solidão e no verão desaparece se transformando em esperança.
Mas o inverno sempre volta.