Des(querer)

Não entendo esse teu jeito

desajeitado de querer

de me querer

de desquerer, não sei,

mas que seja assim: Se for por mim, que deixe ser!

É que procurei alguém

procurei quem

dos olhos verdes eu fizesse poesia,

mas esse teu verde é verde de águas tão frias

que já não ardem por ninguém

Será que o coração também é assim?

É pedra de rio, companhia da frieza

dessas águas, dessas correntezas

que saem de ti ?

Derrete esse teu gelo,

vá sentir o que o fogo faz,

oh, sim, antes que eu congele!

Porque depois disso, meu bem, já não espere

que eu vá correr atrás.

SkyFolks
Enviado por SkyFolks em 09/10/2012
Reeditado em 21/10/2012
Código do texto: T3923141
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