Do amor do poeta aos seus efeitos.

Minha rima é surda,

Meu verso é mudo,

E batem essa vontade absurda

Que sangra e queima meu tudo.

Nascidas à primeira manhã de primavera

As palavras formam meu ventre materno.

Flores ainda carregando o frio do inverno

E a fragilidade do último vento outonal.

Essas simples flores-palavras

Nada mais são que lágrimas,

Carregadas de minha emoção

E derramadas por meu coração.

E esse coração bate,

Essas veias ganham,

As artérias carregam

Um amor que arde.

Amor que corre feito rio

Rumando ao esplendor:

Enfrente o mau desvio,

Em frente por um amor.

Um amor que faz esquecer

Que há braços que machucam.

Um amor que faz entender

Que só teus abraços curam.

Cura refletida em versos

E Presente em cada rima.

Como não querer o universo

Do sorriso dessa menina?

A mulher que conquista o amor de um poeta

Por vezes desperta sem sonetos de bom dia.

A mulher que ganha amor de um poeta

Tem sua vida transformada em poesia.

Saiba meu amor,

Estes versos talvez ganhem a rua

E que essa sede versada não tem fim.

Saiba que minha poesia não é só tua,

Mas o coração que a escreve sim.

Wallace Urzais (Wallace Pereira)
Enviado por Wallace Urzais (Wallace Pereira) em 07/10/2012
Reeditado em 07/10/2012
Código do texto: T3921214
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