Paraíso

Na cerne,

mistério e carne,

nos cascos;

frágeis asas se arrastam.

De viés,

fugazes e acesas

as rosas

partem o coração.

À margem,

o paraíso me espera:

essa música que nunca cessa.

Na dunas,

no centro,

nas bordas

a tarde ecoa celeste.

E lágrimas no céu

incessantes

escorrem

como borboletas tatuadas

nas janelas.

À procura dos instantes,

a pele líquida:

sexo e alma.

Pérolas sobre penumbras e risos.

(Verônica Partinski)

Verônica Partinski
Enviado por Verônica Partinski em 24/02/2007
Reeditado em 31/10/2007
Código do texto: T392118
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