Paraíso
Na cerne,
mistério e carne,
nos cascos;
frágeis asas se arrastam.
De viés,
fugazes e acesas
as rosas
partem o coração.
À margem,
o paraíso me espera:
essa música que nunca cessa.
Na dunas,
no centro,
nas bordas
a tarde ecoa celeste.
E lágrimas no céu
incessantes
escorrem
como borboletas tatuadas
nas janelas.
À procura dos instantes,
a pele líquida:
sexo e alma.
Pérolas sobre penumbras e risos.
(Verônica Partinski)