A Brisa que Vem do mar
I
Notas melodiosas da saudade inquieta
canta triste um solitário coração
a sua amarga sorte incerta.
 
Uma estrela que não brilha para o amor.
Mas o que é este sentir?
Nas marcas de meu corpo
apenas um vago acalanto 
que nos joga no precipício da dor!
 
Eternamente solidão
Sim... Sou eu.
Um Triste pássaro sem esperanças
encantando loucos com cantos de sofreguidão.
 
Sorrindo com a dor a queimar-me.
Cantando com a tristeza a mutilar-me.
 
Sem nenhuma certeza de que irei encontrar-te.
 
II
 
Houve dias em que o mundo vislumbrava.
Me encantava com as luzes que de longe brilhavam.
Contava à minha desesperança
Que tu em alguma via deste grande mundo
Chorava a minha Falta.
 
fartava-se em mil amores e nada lhe completava
Pois cavalgavas em desalinho para encontrar-me.
E seria eu tua parada, teu primoroso ninho.
 
Sorria nestes febris delírios.
Amava-te, sem ao menos saber-te ao alcance.
Já te era fiel sem saber-te nascido.
Por ti rezava... E nas ruas, a beira de minha janela
Sonhadora, pronta para lhe abraçar eu te esperava.
 
III
 
Diante a imensidão dos oceanos
na brisa que vem do mar.
Nas ondas, nos barcos que somem de minhas vistas.
Encontro ainda um pouco da certeza que perdi.
 
Fatalmente vagarei nesta desgraça.
Inevitavelmente nada pode ser.
Eterno é meu sofrer.
 
A luz do sol que reflete no mar
Trás para mim a Luz de teu olhar.
As ondas o som de tua voz...
E na brisa do oceano posso eu te abraçar.
 
O mundo não me encanta...
és tu meu encanto...
Pequeno Rei
Sonho de criança.
 
Quem sabe um dia...
Em outra Vida...
em mais uma curva 
em nossa próxima estadia!
 

Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 07/10/2012
Reeditado em 07/10/2012
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