SEMEADURA
SEMEADURA
Maria Luiza Bonini
Semeando o que de mim, melhor havia
No percurso tortuoso, por onde passei
Pela incansável jornada, em que tentei
Transformar as sombras em claros dias
Com lágrimas de tristeza ou de alegrias
Pelos meus caminhos, eu as alimentava
Observava, radiante, a folha que germinava
nOS verdes tons, pela esperança que surgia
Em protetora sombra, transformada
A acobertar com meu materno aconchego
Dos vendavais que até a mim causavam medo
Por profundas raízes, altaneiras, ancoradas
Soergueram-se árvores fortes de ventura
Onde colho o doce néctar, de minha semeadura
São Paulo/Brasil
Outubro/2012