DESENLACE
Solte-se de amarras
que talvez
nem existam mais.
Coloque-me
em um lugar
que fica bem no meio
de teu peito.
Ali,
onde
compassadamente ouço
um rintimbum marcado
de dores, alições
mágoas e talvezes.
Deixe-me, em primeiro,
anonimamente ficar
até que se bastem
todos os nossos desejos
e amores
e só depois,
no desenlace final
onde deixastes
Teu porto seguro,
Mostre-me,
bem ali,
douradamente incrustada,
em teu coração!
(Milena Medeiros-07/10/12- online no site Recanto das Letras-00:59h)