Caneca Vazia
Dedos se enlaçam num aperto forte
Olhos que consomem, o beijo que insiste
Em existir por mera sorte,
E o amor, aí resiste
E no fluxo sem sentido,
O vinho quente nos assiste
Nos aproxima sem receios
E o amor, aí persiste
Mas o nadar contra a maré,
Cansa o corpo, corrói a mente
Matando aos poucos, sem estar doente
E o amor, que não desiste
No fim da estrada, o soluçar
No ciúme, minha paixão
Que tão alegre se faz triste,
E o amor, ainda existe