RAIOS DE AMOR

Quando ainda o sol morno

Rondava minha infância imberbe

Bebia do seio no cálice de vida

Absorvia a rosa púrpura da adolescência

Que me seduzia qual anjo das quimeras

Como as flores no tempo das primaveras

O tempo passa serelepe e saltitante

Como lebres pululando junto ao campo

São andorinhas em revoadas ligeiras

Passageiras no céu da agonia

Traz o ocaso o crepúsculo da vida

Escrutínios do menino de músculos acesos

Estancam-se as estações

Preso dentro das lembranças e das paixões

Gotas de orvalhos caem

Trazendo brechas que a natureza em sombra liquefaz

A vida é juras de amantes

Instantes que duram uma eternidade

E que nunca passaram de felizes instantes...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 04/10/2012
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