RAIOS DE AMOR
Quando ainda o sol morno
Rondava minha infância imberbe
Bebia do seio no cálice de vida
Absorvia a rosa púrpura da adolescência
Que me seduzia qual anjo das quimeras
Como as flores no tempo das primaveras
O tempo passa serelepe e saltitante
Como lebres pululando junto ao campo
São andorinhas em revoadas ligeiras
Passageiras no céu da agonia
Traz o ocaso o crepúsculo da vida
Escrutínios do menino de músculos acesos
Estancam-se as estações
Preso dentro das lembranças e das paixões
Gotas de orvalhos caem
Trazendo brechas que a natureza em sombra liquefaz
A vida é juras de amantes
Instantes que duram uma eternidade
E que nunca passaram de felizes instantes...